SUPERTUBOS | poemas 2005-2015
Prefácio de Rui Alberto Costa
[...] É preciso “ver torto” e ler torto, são poemas em movimento, “mexem bastante”. Não nos levarão à “terra do nosso regresso”. Como podemos fiar-nos num verso que diz “sopra tão limpo cruel o fabuloso”? Mesmo com “pés gigantes e bronzeados”. Talvez as frases sirvam apenas de contraste ao “silêncio crepuscular”, o corpo é que tem de se bambolear à procura de um equilíbrio que evite uma e outra vez quedas na calçada, isto até chegar ao baloiçamento do barco (ou à biomecânica do ciclista em dia de montanha), mar a toda a volta, por cima e por baixo, esse mar infinito sem fronteiras que interrompam o viajante. [...] Em "Do vigor irremediável da presença nómada", texto de Víctor Gonçalves lido na apresentação de Supertubos | poemas 2005-2015.